segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O curso...


A disciplina de de Mídia e Poder representou pra mim uma experiência interessante.

De todos os assuntos debatidos em aula, acredito que alguns deles me marcaram mais, proporcionando reflexões que ultrapassam o sentido acadêmico.

Com essa afirmação quero dizer que algumas vezes, ao longo dos anos de estudo, aprendemos coisas cujo peso do significado fica restrito ao campo teórico, encontrando relações apenas com fundamentos e conceitos que precisams conhecer, mas que não nos causam identificação nem suscitam novas idéias.

Outros assuntos, no entanto, são capazes de nos proporcionar relações com nossa vida fora do contexto acadêmico. Por exemplo, a idéia de "não-lugar" debatida em uma de nossas aulas me remete a momentos em que me senti o pontinho anônimo no meio da multidão, isento de qualquer tipo de vínculo ou identidade.

Para ilustrar esse exemplo cito um trecho do texto Modernidade, pós modernidade: o(s) tempo (s) "Na solidão dos não-lugares posso me sentir por um instante livre do peso das relações, no caso de ter esquecido o telefone celular. Este parêntese tem um perfume de inocência (em francês pode-se brincar com a palavra "não-lugar"), mas não imaginamos que possa prolongar-se por mais do que algumas horas. A versão negra dos não-lugares seriam os espaços de trânsito onde nos eternizamos, os campos de refugiados, todos estes campos de forma que recebem uma assistência humanitária, e onde os lugares tentam se recompor.

Acredito que essa reflexão sobre lugares e não-lugares é algo que me despertou para muitos questionamentos, que certamente ainda não tiveram fim.

Do curso de Mídia e Poder levo ainda outros ensinamento, e posso concluir que foi uma experiência positiva.

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