segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

O fim...

Hoje é o dia em que matarei meu blog.
Tudo bem, isso já era previsto, o projeto tinha data para começar e seu término também foi anunciado.

A conclusão desse projeto me deixa um sentimento ambíguo, algo entre a satisfação por ter feito uma coisa nova e, ao mesmo tempo, uma incerteza quanto ao grau de sucesso dessa conclusão.

Me lembro que quando soube que deveria criar um blog (ferramenta que até então eu relutava em utilizar), me assustei um pouco com o peso da tarefa. Logo vieram as dúvidas sobre como fazer, qual linha eu deveria seguir, será que minha junção de pensamentos e impressões fariam sentido pra alguém?
Minha mente ficou repleta de dúvidas, mas não deixei que morressem em mim. Compartilhei essas dúvidas com meus amigos, que deram palpite e acompanharam meu blog ao longo de seu período de existência. Aliás, agradeço a esses amigos. A um deles em especial...
Se pude contar com meus amigos, espero também que minha mensagem tenha chegado até outras pessoas e que meu pontinho na blogosfera tenha, mesmo que por alguns instantes, ocupado a tela e os pensamentos de alguém.

Se por um lado gostei de ter um espaço para expor minhas idéias e aquilo que aprendi ao longo do curso de Mídia e Poder, por outro lado sinto que o tempo que tive não foi proporcional àquilo que idealizei.

Essa sensação de "queria continuar" pode representar o embrião de uma nova idéia; não mais 'aquela idéia', mas uma concepção nova que pode vir a se expressar em um novo blog.
Não tenho certeza se levarei isso adiante, mas confesso que essa
nova idéia não me sai da cabeça...

Avaliação.


Poderia avaliar o conteúdo do curso de Mídia e Poder como essencial para o entendimento e reflexão a respeito da influência da mídia na sociedade, assim como o que representa o poder na mesma. A metodologia do curso faz uso de elementos que contribuem, em muito, para que o conteúdo da disciplina seja assimilado.

A possibilidade de avaliarmos grandes obras da literatura e do cinema sob o ponto de vista Mídia e Poder é um bom exemplo dessa metodologia.

Em alguns momentos, senti que poderíamos ter aprofundado alguns assuntos, concluindo pensamentos que foram colocados em questão.

Não é possível encontrarmos respostas para tudo, mas a possibilidade do questionamento é o ponta pé inicial para a construção do conhecimento.

O curso...


A disciplina de de Mídia e Poder representou pra mim uma experiência interessante.

De todos os assuntos debatidos em aula, acredito que alguns deles me marcaram mais, proporcionando reflexões que ultrapassam o sentido acadêmico.

Com essa afirmação quero dizer que algumas vezes, ao longo dos anos de estudo, aprendemos coisas cujo peso do significado fica restrito ao campo teórico, encontrando relações apenas com fundamentos e conceitos que precisams conhecer, mas que não nos causam identificação nem suscitam novas idéias.

Outros assuntos, no entanto, são capazes de nos proporcionar relações com nossa vida fora do contexto acadêmico. Por exemplo, a idéia de "não-lugar" debatida em uma de nossas aulas me remete a momentos em que me senti o pontinho anônimo no meio da multidão, isento de qualquer tipo de vínculo ou identidade.

Para ilustrar esse exemplo cito um trecho do texto Modernidade, pós modernidade: o(s) tempo (s) "Na solidão dos não-lugares posso me sentir por um instante livre do peso das relações, no caso de ter esquecido o telefone celular. Este parêntese tem um perfume de inocência (em francês pode-se brincar com a palavra "não-lugar"), mas não imaginamos que possa prolongar-se por mais do que algumas horas. A versão negra dos não-lugares seriam os espaços de trânsito onde nos eternizamos, os campos de refugiados, todos estes campos de forma que recebem uma assistência humanitária, e onde os lugares tentam se recompor.

Acredito que essa reflexão sobre lugares e não-lugares é algo que me despertou para muitos questionamentos, que certamente ainda não tiveram fim.

Do curso de Mídia e Poder levo ainda outros ensinamento, e posso concluir que foi uma experiência positiva.

domingo, 7 de dezembro de 2008

O poder em outras mãos



Os sistemas emergentes ou bottom up (de baixo para cima) se caracterizam pela ausência de um controle centralizado. Trata-se de arranjos comunicacionais que permitem a interação e a formação de grupos de interesses, sem que os membros desses grupos tenham a necessidade de seguir a um líder.


Os sistemas bottom up encontram inúmeras exemplificações na web, entretanto, a definição do conceito permite analogias com o mundo biológico, cultural e de constituição das grandes cidades. Esse tipo de analogia constitui a base do livro Emergência – A Dinâmica de Rede em Formigas, Cérebros, Cidades e Softwares, de Steven Johnson.


Estudioso do ciberespaço, Johnson define emergência como o que acontece quando várias entidades independentes de baixo nível conseguem criar uma organização de alto nível sem ter estratégia ou autoridade centralizada. Você pode perceber esse comportamento em várias escalas: na forma como colônias de formigas lidam com o complexo gerenciamento de tarefas sem que haja uma única formiga no comando; ou na forma como bairros se formam sem um planejador urbano. Ainda de acordo com o autor, o sistema só é emergente quando todas as interações locais resultam em algum tipo de macrocomportamento observável.


Voltando a exemplificar o conceito bottom up no contexto das redes, projetos como Wikipédia, Slashdot, Twitter e Youtube podem ser citados como modelos de sites nos quais o público desenvolve o conteúdo veiculado e interage entre si, fomentando a troca de idéias e, principalmente, o desenvolvimento de novos conhecimentos.


Nem tanto a Deus, nem tanto ao Diabo


Hoje realizei um ritual que há tempos não fazia: Limpeza na estante. Tirar todos os livros, escolher quais eu posso enviar para doação e, de certa forma, matar um pouquinho as saudades daqueles que são de estimação é algo que me faz muito bem.

Remexendo entre os exemplares, encontrei um livro comprado na épocado meu curso de graduação, e pude lembrar o quanto foi interessante analisá-lo.
O livro Jornalismo Canalha: A Promíscua relação entre a Mídia e o Poder, de José Arbex Jr, traz diversos conceitos interessantes.

No quinto capítulo do livro, por exemplo, José Arbex disserta sobre a “renúncia” de Hugo Chávez e todo o papel que a mídia desempenhou no assunto. E só para não perder o costume, Arbex culpa a Casa Branca e os meios de comunicação pela má retratação dos fatos ocorridos na Venezuela.
Longe de querer defender a mídia e ainda mais longe de querer defender a Casa Branca, eu não posso deixar de ver com olhos menos maldosos o ocorrido. Arbex criou quase uma teoria da conspiração onde se planejava derrubar Hugo Chávez. Que o Estados Unidos conspirou para isso, não tenho a menor dúvida; mas colocar a imprensa nesse imbróglio me parece demasiado.

Houve, de fato, uma falha na cobertura da mídia. Houve troca de informações, leviandade e uma péssima colaboração dos jornalistas para que a verdade fosse dita. Mas como posso achar que dois dos mais sérios jornais possam entrar nisso? Não concebo a possibilidade de o Le Monde (França) e do El País (Espanha) terem se submetido a este papelzinho de manipular a opinião mundial contra o presidente venezuelano. Acho muito mais realista pensar que a imprensa foi manipulada e não que ela manipulou. Deve-se deixar de lado este preconceito com a mídia e parar de achar que a imprensa é o próprio Diabo.

Por outro lado, tem-se que deixar muito claro que Hugo Chávez não é, e está bem longe de ser, um cordeirinho, um pobre coitado que foi maltratado pelo EUA e pelos meios de comunicação. Quem lê o capítulo Golpe, Fracasso e o Fiasco da Mídia – quinto capítulo – pensa que Chávez é um enviado de Deus na terra. Nem tanto. Menos, bem menos.

De modo geral, o capítulo é uma boa aula de como não deve se fazer jornalismo e de como a imprensa pode mudar as informações a seu bel prazer. A questão que fica é, qual a razão da manipulação no episódio Venezuela, e pra mim está bem longe de uma conspiração com a Casa Branca.


quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

E mais cinema...


Revi recentementemente esse documentário e acho que é um filme que vale a pena por muitas razões. Uma delas é o evidente peso que determinadas atitudes da mídia têm no contexto histórico .

Que a mídia estadunidense é cheia de problemas, ninguém dúvida. Que a mídia nos EUA é parcial e que declara abertamente seus pensamentos e suas ideologias, ninguém discute. Porém o filme “Fahrenheit 9/11” do diretor Michael Moore bota o dedo na ferida, e de maneira mais profunda.

Michael exibe ao longo das duas horas de documentário, fatos e histórias que deixam qualquer ser humano, mais ou menos informado, com uma interrogação na cabeça. “Será que tudo o que eu vi, li e ouvi era uma farsa? Uma armação?”.

Tudo começa em 2000 com a eleição que sucederia o presidente democrata Bill Clinton. De um lado estava o republicano George W. Bush e do outro o vice-presidente na época, o democrata, Al Gore. Numa eleição apertada e bastante tumultuada Bush venceu. O estado que decidiu a eleição foi a Flórida, que tinha como governador Jeb Bush (irmão do candidato presidencial) e que foi acusado de manipular a eleição e a apuração. Michael exibe em seu filme, telejornais que davam como certa a vitória de Gore na Flórida – o que resultaria na vitória do democrata. Entretanto, após CNN, CBS e diversos canais darem a vitória a Gore, a rede de tv FOX NEWS – onde o editor é primo de Bush – anunciou que quem vencera na Flórida foi o republicano George Bush. E como um efeito dominó, todas as demais mudaram suas notas, e retificaram, quem havia vencido parecia mesmo ter sido o republicano.

Deste dia em diante a frase “a mentira dita muitas vezes, torna-se verdade” passou a ser o lema do novo governo. E é nessa tecla que bate Moore. A imprensa estadunidense comprou a idéia de que o Iraque possuía armas de destruição em massa e que o Afeganistão era o responsável pelo atentado de 11 de setembro. Numa investigação simples – simples, se compararmos ao poder de uma emissora de TV ou órgão público – Michael Moore disseca o que rodeou o atentado e a invasão ao Iraque.

Fica muito claro no documentário que a imprensa foi mais um veículo de propaganda do governo do que um boletim de informações. Dados importantes, relações no mínimo curiosas, investimentos duvidosos e favorecimentos ilícitos foram omitidos; e a figura do “Bem x Mal” foi a bandeira erguida pela mídia. Muito parecida era a manipulação feita na Alemanha nazista, quando o ministro da propaganda de Hitler, Goebbels, entendia que através da imagem podia-se mobilizar multidões, e então a manipulava a bel prazer para fins obscuros.

sábado, 29 de novembro de 2008

Nos caminhos da informação...


O filme Winchell – O poder da notícia serve como apoio para reflexões sobre os mecanismos que envolvem a mídia, o poder e a ética

Analisar os diferentes aspectos da realidade política, econômica e comportamental do homem em sociedade exige uma série de questionamentos a respeito do valor da informação, da ética e do poder da mídia dentro desse contexto. Esse preceito se baseia na grande influência da imprensa sobre a opinião publica, e os efeitos históricos e atuais dessa influência.


O desenvolvimento dos meios de comunicação e as diferentes formas de se trabalhar a notícia trouxeram ao longo dos anos inúmeras conseqüências, como a construção e a derrubada de ideologias, governos, carreiras. Esses conceitos encontram sua personificação na história do filme “Winchell” – O poder da Noticia, que através da trajetória de um dos mais importantes profissionais do jornalismo no mundo, Walter Winchell, levanta questões que servem de reflexão a todos que se interessam pelo assunto. O filme, lançado em 1997 e dirigido por Stanley Tucci, retrata os altos e baixos da vida profissional de Winchell, jornalista americano que iniciou sua carreira nos anos 20, e trabalhou no jornal The New York Daily Mirror, seguindo a linha de fofocas e notas sobre a classe artística da época.




Apesar de manter seu foco inicial na vida de celebridades e do grande sucesso de sua coluna junto ao publico, Winchell não deixava de opinar a respeito de assuntos ligados à política. Foi após a sua ida para o rádio que o jornalista se tornou um dos maiores defensores e propagadores do Macarthismo, movimento iniciado nos EUA que perseguia simpatizantes do regime comunista.
Através de uma linguagem jornalística totalmente inovadora para a época, Winchell defendia suas idéias anticomunistas e causava grande repercussão na sociedade, que vivenciava o clima de incertezas do período da Guerra Fria.


O “estilo Winchell” de se comunicar pode ser usado como exemplificação das diferenças entre a linguagem jornalística, que tem pressa e sede de informar e se fazer entender, da linguagem mais utilizada nos meios literários, uma vez que Winchell possuía um método peculiar de escrever, fazendo uso de neologismos e expressões coloquiais, de fácil entendimento de seu publico, e que chegaram a ser vistas e criticadas pelos mais conservadores como falta de erudição e desrespeito do autor às normas lingüísticas. A adaptação da forma de se expressar ao tipo de veículo no qual se está atuando e ao publico cujo mesmo é voltado constitui uma pratica até hoje comum no exercício do jornalismo, e que Winchell souber como ninguém consolidar.


Os diversos aspectos ligados à conduta profissional do jornalista retratados no filme suscitam reflexões sobre a linguagem dos meios de comunicação, os impactos que uma postura jornalística parcial causam na sociedade e na carreira do próprio jornalista, alem de colocar em discussão questões ligadas à ética jornalística e relações entre
mídia e poder

sábado, 22 de novembro de 2008

Pensamento solto...

Defender um ponto de vista...
Ver por meio de outro ponto de vista
Saber além do óbvio
Ou passar toda a vida na ignorância...

http://www.youtube.com/watch?v=76R2EKEnoJQ

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O poder...


O uso da internet como ferramenta de campanha na eleição de Barack Obama é um exemplo claro de como determinado meio de comunicação pode influenciar sobre as decisões e sobre os rumos do poder.

Obama utilizou a internet para conseguir fundos para sua campanha, mas mais do que isso, a internet fez de Obama uma pessoa mais próxima daqueles para quem discursava. Quando, na história das eleições, poderíamos imaginar que um candidato à presidência do país mais poderoso do mundo divulgaria suas idéias por meio de vídeos postados em um site de perfil colaborativo como o You Tube?

A utilização da internet na Campanha de Obama foi uma estratégia inteligente, pois significou um avanço na popularização dos novos perfis da comunicação. Os sistemas emergentes – bottom up – simbolizam o exercício da democratização na web, já que propiciam a inserção de conteúdos completos sem a regulamentação de um controle central, como ocorre nos sistemas top-down.
Saber como utilizar uma ferramenta de comunicação foi um excelente diferencial para Barack Obama, que agora tem em suas mãos o poder.
Aguardaremos, saberá ele usá-lo?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Admirável mundo novo: O livro


De fato, esse livro não se tornou uma referência em vão.

A história criada por Aldous Huxley surpreende por se manter atual (a primeira edição é de 1931), pela propriedade com que o autor cita referências histórias e, principalmente, pela noção futurista, que previa uma realidade aterradora.

O livro narra a história de uma sociedade teoricamente perfeita, na qual as pessoas são produzidas em laboratórios numa escala industrial e pré-condicionadas biologicamente a ter um tipo de comportamento e a aceitar todas as regras e leis impostas. Essa sociedade descreve o real conceito de distopia, pois o mundo "perfeito" se revela bem distante daquilo que a natureza humana em sonho idealiza


A sociedade é toda organizada em castas, então o tipo biológico da pessoa indica se ela pertence a uma casta inferior ou superior. A partir do nascimento, as pessoas também passam pelo processo de condicionamento psicológico, o que faz com que se sintam felizes com a posição que ocupam e os trabalhos que realizam. Por piores que sejam.


Os valores dessa sociedade são bem diferentes dos que regem a sociedade atual. Não existe o conceito de família ou de religião e a monogamia é considerada uma prática condenável. As crianças recebem educação sexual desde muito cedo.


A história se passa no ano 753 d.F. Os anos não são contados a partir de Jesus Cristo, mas a partir do nascimento de Nosso Ford em alusão a Henry Ford, o criador da linha de montagem, do processo industrial que revolucionou o capitalismo no início deste século XX.

Paralelo a essa sociedade perfeita existe uma reserva na qual vive uma sociedade ‘selvagem’. Ao longo da história são colocadas questões que comparam um mundo ao outro.

Um exemplo dessa comparação é a utilização de drogas, usadas nas duas civilizações com a finalidade de manter a estabilidade social através da fuga. Na civilização é consumido o Soma, na reserva o Peyotl e a Mescalina. A princípio a única diferença é que o Soma não traz efeitos colaterais indesejáveis como o Pyotl e a Mescalina. Depois se descobre que a utilização excessiva pode causar parada respiratória. Com esse caso em específico o autor sugere que a natureza humana é a mesma nos dois ambientes, que a diferença entre a civilização e a reserva é apenas aparente, apesar de toda a lógica da segregação e do repúdio pelo diferente, que é estimulada pelo sistema por meio da valorização do padrão.

Ao longo da história é possível observar várias referências do autor em relação ao contexto da época, como no caso do nome de alguma das personagens. Uma delas se chama Lenina, o que é uma referência a Lenin, ideólogo da revolução bolchevique e governante da Rússia de 1917 a 1923.
O responsável pela reprodução em série chama-se Henry Foster. Ele tem, portanto, um nome muito parecido com o inventor da linha de montagem (Henry Ford).


Personagens principais (fonte:wikipedia)

O Diretor: Um Alfa condicionado a servir à Fábrica.

Bernard Marx: Um Alfa-mais. Homem estranho para a Sociedade e curioso, que desejava em primeira instancia, relutar contra a Sociedade, procurando respostas, procurando sentir reais emoções. No entanto, revelou-se ao sentir o poder em suas mãos. Bernard Marx é a prova viva de que o sistema é falho. O álcool colocado em seu sangue artificial produziu uma variação indesejada: um homem de casta superior com características de casta inferior que recusa-se a usar soma e é capaz de criticar a sociedade em que vive e interessar-se por outras formas de organização social

Lenina Crowey: Uma Beta. Linda, "pneumática". Condicionada a não amar, porém entrega-se a uma paixão no decorrer da história.

Linda: Mãe do selvagem John, amante do Diretor. Teve de permanecer na reserva pois uma civilizada gorda e grávida era um ultraje à Sociedade.

John, o Selvagem: Filho de Linda e do Diretor. Curioso. Revela-se o personagem principal no decorrer do livro. Deseja ser livre. Deseja saber. Filho de uma civilizada, John é educado mas não aceito como selvagem. Civilizado para os selvagens e selvagem para os civilizados, John está desde logo sujeito ao isolamento.

Wilson Hendelholtz: Amigo de Bernard. Escritor. Desejava a liberdade artística.

Mostafa Mond: o Administrador. Um Alfa-mais-mais. Um cientista enclausurado em sua vontade de pesquisar o que não podia. Como Administrador Geral, sua função principal é de "censurar" toda obra que possa "agravar" a estabilidade da Sociedade.



domingo, 12 de outubro de 2008

O papel da mídia no contexto do escândalo

Concluimos a apresentação sobre imagens que vazaram e repercutiram na mídia.
Debater esse tema estimulou reflexões a respeito do papel da mídia, do que é notícia e do que é espetáculo e de como o contexto no qual o escândalo ocorre influencia em sua repercussão futura.

Tópicos sobre as funções da mídia:

1. Vigiar o ambiente sócio-político, trazendo a público desenvolvimentos capazes de interferir, positiva ou negativamente, no bem-estar dos cidadãos.

2. Definir as questões significativas da agenda política, identificando as questões-chave, bem como as forças que a conceberam e que podem trazer uma solução.

3. Estabelecer plataformas que permitam aos políticos, aos porta-vozes de outras
causas e de outros grupos de interesse, defender suas opiniões de modo inteligível e esclarecedor.

4. Permitir diálogo entre diferentes pontos de vista e entre detentores de poder
(atuais e futuros) e público de massa.

5. Criar mecanismos que permitam acionar os responsáveis para prestar contas
sobre o modo como exercem o poder.

6. Incentivar os cidadãos a aprender, a escolher e a se envolver com o processo
político, abandonando a função de meros espectadores.

7. Resistir, em nome de princípios bem definidos, aos esforços exteriores à
mídia que visam subverter sua independência, sua integridade e sua capacidade de servir ao público.

8. Respeitar os membros do público espectador e leitor como virtuais envolvidos
e capazes de entender seu ambiente político.

domingo, 21 de setembro de 2008

"Os admiráveis"... do Mundo novo?



Este é o Grupo que apresentará o Seminário referente ao livro Admirável Mundo Novo. O título do livro inspira o nome do grupo, mas trataremos disso mais tarde. Antes de debater sobre o livro, faremos uma apresentação de tema livre.

O tema que escolhemos foi este: "O que não era pra ser notícia: imagens que vazaram".

Quem nunca ouviu falar de episódios como o Escândalo da parabólica, protagonizado pelo então Ministro da Fazenda Rubens Ricupero?

As imagens de Ricupero dando uma polêmica declaração não deveriam ir ao ar, mas vazaram para todos que tinham antena parabólica, causando enorme repercussão e a demissão do ministro.
http://br.youtube.com/watch?v=r_4TtpvkSWE

Além desse, outros casos similares serão debatidos.

E começou...

Aquela idéia!
Esse é o nome que escolhi para meu Blog.
"Aquela idéia" não foi uma escolha aleatória e acredito que não foi falta de uma idéia melhor, antes que alguém sugira essa hipótese.
Escolhi porque cheguei à conclusão que uma idéia pode ser o começo de tudo.

A idéia é o que orienta o pensamento, desperta os sentimentos e justifica a ação.
Já que as coisas partem sempre de uma idéia, é nesse espaço que pretendo expor as minhas e debater as de outras pessoas.
O Blog surgiu para atender uma das necessidades da disciplina Mídia e Poder, que estou cursando em minha pós-graduação na Cásper Líbero.

Minhas idéias sobre o Poder na Mídia, o Poder da Mídia ou a Mídia no Poder estarão aqui. Além de algumas indagações corriqueiras.